20 de mar. de 2011

Yes, we can

Criação do cartunista Maurício de Sousa,
postada por ele no twitter, em homenagem à
visita do presidente Barack Obama ao Brasil.
Como o Brasil inteiro deve ter assistido pelo Jornal Nacional, a família Obama está visitando o Brasil. À parte todo o circo da mídia, as reverências políticas, o vestido da Dilma e os vários modelitos de Michelle Obama, o que mais me chamou atenção foi o discurso da primeira dama americana a respeito da importância da educação. Ao falar de sua formação, destacou o fato de seus pais se preocuparem com sua educação. Em sua mensagem aos jovens, ela reforçou muito este que é um dos pilares da cultura dos norte americanos.
Eles podem confundir Buenos Aires e Brasília, se achar os donos do mundo, ter uma atitude imperialista. Mas se tem uma coisa que acho interessante na cultura do povo americano é a crença de que eles podem mudar sua vida por meio da educação. Já tive a oportunidade de visitar aquele país por duas vezes e em ambas conheci pessoas que construíram sua história a partir dos estudos. Ou refizeram suas trajetórias com dedicação e afinco.
Obama adotou o slogan "Yes, we can" (Sim, nós podemos). Gosto do sentido dessa frase. Acredito fortemente que, se quisermos nós podemos escrever nossa própria história. Mas para isso, educação é tudo. Venho de uma família de classe média, onde educação sempre foi valorizada. Tudo o que conquistei em minha vida pessoal e profissional é consequência da minha educação. Consegui bons empregos, boas promoções, boa reputação, bons salários. Sempre procurei romper limites, pensar fora do quadrado, ultrapassar meus próprios medos em busca de atingir objetivos cada vez mais arrojados.
Hoje sou professora e acredito fortemente que é pela educação que podemos construir uma sociedade melhor. Tenho alunos excelentes e alunos medianos. Alunos que acreditam em si mesmos e alunos que colocam dificuldade em tudo. Alunos que me dão vontade de inovar em cada aula e outros que me desanimam momentaneamente com sua falta de interesse. O mesmo vale para os professores.
Uberlândia é uma cidade que tem inúmeras faculdades, universidades e centros universitários. Tem também um conservatório de música, boas bibliotecas, pesquisadores renomados no Brasil e no mundo, uma imprensa diversificada e abrangente, músicos, atores, escritores. Mas tem também muita gente que não valoriza educação.
Eventualmente, percebo em meus alunos um certo desânimo pelos estudos, como se estivessem ali para cumprir uma obrigação. Aviso aos navegantes: a educação tem o poder de abrir portas para universos inimagináveis. Pode ser que, assim como em "Alice no País das Maravilhas", algumas portas sejam pequenas demais. Outras sejam tão altas que mal alcançamos a maçaneta. Mas Sim, Nós Podemos cruzar as fronteiras da ignorância e abrir a porta de nossa própria mente para o maravilhoso mundo do conhecimento.
Para finalizar, uma frase que li há algum tempo e venho adotando como filosofia de vida:

"Quem realmente quer fazer alguma coisa, encontra um meio.
Quem não quer, encontra uma desculpa".


Enquanto escrevia este post, começou a passar Big Brother Brasil, a típica versão de que para vencer na vida existe um caminho mais fácil... Desliguei a TV, coloquei um CD do Tom Jobim para tocar e assim mergulho na delícia das palavras... Neste exato momento, as águas de março invadem meus ouvidos e a cidade lá fora. São as águas de março fechando o verão, é promessa de vida no meu coração...

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