23 de mai. de 2010

Feira de antiguidades na Casa da Cultura


Neste sábado, fui conferir a Feira de Antiguidade na Casa da Cultura, em pleno centro da cidade. Guardadas as devidas proporções, senti-me no Masp, nas manhãs de domingo, onde acontece uma feira de antiguidades muito interessante. O Masp, para quem não sabe, é o Museu de Arte de São Paulo, construído por Assis Chateaubriand na Avenida Paulista. Embaixo do prédio, tem um vão gigantesco, onde todos os domingos tem uma feirinha de antiguidades, que atrai pessoas de todos os tipos.
A feira de Uberlândia foi uma primeira iniciativa, coberta de charme. Logo na entrada, para garantir que apenas boas energias entrariam no local, os "Guardiões" do artista plástico Assis Guimarães. Peças feitas em ferro, em tamanho natural, que em suas formas abstratas transmitiam gestos de proteção poderosos. É incrível como o metal "fala" pelas mãos do artista. Foram mais de seis anos de trabalho, que os visitantes da feira puderam levar para casa em estatuetas de tamanho reduzido, produzidas pelo artista para quem quisesse e precisasse de proteção.
Assis me deu uma breve lição de arte, ao dizer que o valor de cada peça era inferior ao de uma TV de LCD, mas que muitas pessoas ainda preferem levar para casa a TV, ao invés da proteção artística de um de seus guardiões. Talento tem preço?
Outro trabalho interessante, além das peças dos antiquários, eram  as esculturas de Jocimar Tavares, um veterinário que virou artista. Suas árvores, mandalas e imagens abstratas, todas produzidas em aço, mais uma vez transformaram o metal em momentos de sensibilidade. Reproduções de Davi, de Michelangelo, e do Pensador, de Rodin, em placas de aço, registram a arte em estado puro. Gostoso de ver.
Na feira, vi gente comprando arte em Uberlândia. Pagando o valor merecido. Vi pessoas apreciando peças antigas, vi obras de arte, vi artesanato, vi gente vendendo bijouterias e cachecóis. Mas vi também uma cidade que se propõe a divulgar seus talentos, a criar um mercado de arte, a quebrar o paradigma de que em Uberlândia não se consome arte. E o artista, vive de que?
Na próxima oportunidade, participe e valorize o que é da cidade.

Um comentário:

Nina disse...

Não acredito que perdi!!
Mas ainda bem que tem estas notícias interessantes aqui no seu Blog... Muito útil e nos mantém informados. Obrigada!